INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV

Existem, no mundo, mais de 40 milhões de pessoas portadoras do vírus HIV. É responsável por milhares de mortes por ano, em todo o mundo, sendo que já ocorreram mais de 18 milhões de mortes atribuídas a ele. Cerca de 5 milhões de pessoas infectam-se, por ano, no mundo, por esse vírus. Mas, de onde ele surgiu?

Estudiosos mostram que um vírus surgido na África, chamado SIV (Vírus da Imunodeficiência Símia), existente em espécies de macacos, contaminaram pessoas de tribos locais, que sacrificavam esses animais e comiam sua carne crua. Ao sofrer uma mutação, esse vírus passou a contaminar os humanos. Gerou-se o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Através do contato de membros desses povos locais com indivíduos americanos, esse vírus chegou à América e, na década de 80, por volta de 1981 e 1982, começaram a aparecer os primeiros casos de uma doença desconhecida.

No início, ela foi atribuída somente a homossexuais e pensou-se que, deles, fosse exclusiva. Houve discriminação. Por volta de 1983, o vírus foi isolado e aí descobertas suas formas de transmissão. Daí em diante, espalhou-se por todo o mundo, em proporções assustadoras, tornando-se uma pandemia, ou seja, existente em todos os continentes do mundo.

Os grupos de risco eram, inicialmente, homossexuais. Hoje se sabe que o maior grupo de risco são os heterossexuais e a transmissão ocorre, principalmente, do homem para a mulher. Isso foi responsável pelo que chamamos de “feminização da epidemia”. Na década de 80, a proporção entre homens e mulheres contaminadas era de cerca de 40 homens para cada mulher. Hoje, esses números chegaram a 2:1 e em algumas regiões brasileiras já é de um homem para cada uma mulher contaminada. A contaminação cresce mais entre as mulheres atualmente.

Cerca de 600.000 crianças com menos de 14 anos de idade são infectadas pelo vírus no Brasil, onde mais de 90% da contaminação ocorreu durante a gravidez. Existem cerca de 11 milhões de “órfãos da AIDS” pelo mundo, ou seja, crianças que perderam pai ou mãe por causa dessa doença.

Portanto, todas as pessoas que tiveram relações sexuais desprotegidas e suspeitas, devem fazer o exame para detecção da infecção. É gratuito. Hoje, os grupos de risco são profissionais de saúde, usuários de drogas injetáveis e, o mais importante, indivíduos considerados normais, que um dia tiveram relação sexual desprotegida. Hoje, a principal forma de transmissão é a heterossexual, do homem para a mulher. Portanto, o uso da camisinha é fundamental, entre várias coisas, para a saúde e a vida.