CICLO MENSTRUAL

Grande parte das mulheres, certamente mais da metade daquelas em idade reprodutiva, possui ciclos menstruais diferentes dos ideais 28 dias. Um ciclo que tem a duração de 28 dias é considerado como o ciclo menstrual padrão para normalidade, mas variações de até sete dias para mais ou para menos, ou seja, ciclos de 21 a 35 dias, são considerados normais.

Está claro, nos dias atuais, que para aquelas mulheres que desejam engravidar, o ciclo deve se aproximar, ao máximo, dos 28 dias, mas, mesmo assim, pequenas variações são toleráveis no que tange à necessidade de realização de tratamentos para engravidar.

Sabemos que mulheres que têm ciclos mais curtos, de 21 a 25 dias, podem ter deficiência na produção do hormônio progesterona, fato responsável pela curta duração e, também, por certos casos de infertilidade. Nessas mulheres, é válida a reposição medicamentosa desse hormônio, não sendo necessária a realização de dosagens laboratoriais para se fazer o diagnóstico e o tratamento. O diagnóstico é clínico.

Nesses ciclos, geralmente, há ovulação, mas a produção de hormônios não é suficiente para segurar a menstruação e o ciclo, assim, é encurtado. Quando se inicia uma gravidez, essa pode ser interrompida por essa produção deficiente da progesterona.

Os ciclos mais longos, ou seja, aqueles que ultrapassam os 35 dias, são, muitas vezes, anovulatórios, ou seja, ciclos sem ocorrência de ovulação. Há mulheres que menstruam com intervalos superiores a 40 dias e, em menor número, as que menstruam com intervalos superiores a 60 ou 90 dias. Essas são ditas anovulatórias crônicas e os ovários policísticos são, frequentemente, encontrados quando da realização de uma ultrassonografia endovaginal.

Mulheres com anovulação crônica podem necessitar de tratamentos medicamentosos com o uso de indutores de ovulação, drogas que estimulam esse fenômeno, que não ocorre naturalmente. Dosagens hormonais devem ser realizadas nesse caso, para que hormônios específicos possam ser avaliados, para o correto tratamento.

Assim, diante de alterações menstruais mais importantes, o ginecologista deve ser procurado, mas, na maioria das vezes, alterações discretas não trazem repercussão alguma à saúde feminina.