MASTITE NÃO-PUERPERAL

A Mastite não-puerperal, também chamada de Mastite periductal ou Mastite de células plasmocitárias, é um processo inflamatório e infeccioso da mama, fora do período da gravidez e lactação. Evolui, freqüentemente, de forma crônica, caracterizada por quadros infecciosos recorrentes.

O principal fator associado é o tabagismo. O cigarro promove alterações no epitélio dos ductos mamários, levando a obstrução dos mesmos, com acúmulo de secreção e posterior rompimento do ducto e extravasamento deste conteúdo no interior da mama. A localização habitual é na região ao redor da aréola. Este extravazamento determina uma inflamação, comumente seguida de infecção local.

O quadro clínico é de calor, vermelhidão e dor, podendo haver formação de abscessos de tamanhos variados e drenagem espontânea por um orifício na pele. Com o quadro se tornando crônico, pode haver retração do mamilo e da pele adjacente, além da formação de nódulo mamário decorrente da cicatrização e fibrose ao redor dos ductos.

A infecção e a formação de abscessos recorrentes caracterizam um quadro chamado abscesso subareolar recidivante.

A Mastite não-puerperal é uma patologia benigna e não aumenta o risco para câncer de mama.

O tratamento consiste no uso de antibióticos e anti-inflamatórios nos quadros agudos. Nos casos de infecções recidivantes, pode ser necessário tratamento cirúrgico para a retirada dos ductos mamários superficiais.

A interrupção do hábito de fumar é fundamental para o controle do processo e para evitar as recidivas.