LINFONODO SENTINELA NO CÂNCER DE MAMA

O uso da biópsia do linfonodo sentinela no câncer de mama vem sendo empregado, no Brasil, há alguns anos, tornando-se, atualmente, procedimento padrão na cirurgia do câncer mamário em boa parte dos casos.

O câncer de mama dissemina-se, preferencialmente, para os gânglios linfáticos da axila. Estes, chamados de linfonodos axilares, constituem-se a principal via de metástase da doença.

Em razão disso, preconiza-se a avaliação dos linfonodos axilares nos casos de câncer de mama. Antes do estabelecimento da biópsia do linfonodo sentinela, em todos os casos de câncer de mama invasivo, realizava-se o esvaziamento axilar, ou seja, retiravam-se todos os gânglios (linfonodos) localizados na axila. Com o advento desta técnica, passou-se a evitar, em grande número de casos, este tipo de abordagem cirúrgica mais radical e responsável por seqüelas importantes para as pacientes.

A técnica do linfonodo sentinela consiste na retirada apenas do primeiro linfonodo que recebe a drenagem da mama. Estando este linfonodo acometido pelo tumor, faz-se necessário o esvaziamento axilar completo. Estando ele livre de metástase tumoral, o procedimento cirúrgico está encerrado sem necessidade de retirada dos demais.

Nem todas as pacientes, entretanto, têm condições de se submeter a tal procedimento. Infelizmente, parte significativa das mulheres com câncer de mama no Brasil, é diagnosticada em fase avançada da doença, na qual o esvaziamento axilar completo já é, de cara, o procedimento a ser adotado.

Para as mulheres candidatas à realização do “linfonodo sentinela”, existe, assim, tal chance de tratamento cirúrgico menos extenso, evitando-se as possíveis sequelas de um esvaziamento ganglionar completo.